domingo, 6 de dezembro de 2009

Ocupações irregulares causam tragédias desde a década de 70

O intenso processo de urbanização desde anos 70, a falta de uma política habitacional e social adequada, associado a um processo de impunidades profissionais têm levado os grandes centros urbanos a ocupações urbanas, principalmente populares, a graves situações de risco geotécnico.
Agentes envolvidos no processo: Setor Público Ministério Público Empresas Privadas / Sociedade Civil
A pressão social por habitação, associada ao descaso dos órgãos públicos e falta de recursos e poder econômico, resultou e resulta, num processo de criação de favelas e outras ocupações clandestinas em áreas de encostas.
Entende-se que a impunidade alcançada no país, faz com que os profissionais não se despertem para seu aprimoramento técnico, nem se socorram aos colegas especializados, se permitindo a aplicação de uma engenharia do acaso e sorte, responsabilizando posteriormente a chuva e ou outros, que, muitas vezes, deveriam ser previsíveis pelos engenheiros civis.
Fato é que, existem inúmeras áreas de riscos, e muitas ainda não observadas nos mapeamentos existentes. Também, é de se supor, que estas áreas irão aumentar em face de continuidade do crescimento populacional; da falta de uma política habitacional adequada; e conseqüentemente da construção clandestina.
A lição que nos parece evidente, é que o poder público municipal não se encontra competente, para tratar da repressão ao crescimento das áreas de riscos de deslizamentos, assim como, na redução dos problemas existentes.
Hoje, o que se assiste na TV é o lamento deste ou daquele representante público, a distribuição de cestas , e a ação da "Defesa Civil".