quinta-feira, 1 de abril de 2010

Empresário marroquino conhece afilhado bodyboarder, morador de comunidade

Na Praia de Copacabana, El Quaitini Tarek poderia se passar por um turista qualquer. Mas o marroquino segue rumo à rua Francisco Sá, cruza com uma viatura da polícia e, segurando uma prancha de bodyboard, sobe as apertadas escadas, agora com corrimãos, que recepcionam quem visita a comunidade Pavão-Pavãozinho. Depois de dez minutos de caminhada, ele enfim chega ao destino: a casa onde mora Francirley Ferreira, seu “afilhado”.
O marroquino viu um filme sobre a história do menino pobre que se tornou profissional de bodyboard, entrou em contato com o produtor do tal vídeo e fez a proposta: queria lançar uma linha de pranchas, no Marrocos e no Brasil, com o nome de Francirley.
É uma dessas pranchas de Tarek carrega, enquanto chega ao topo da favela. Há tempos ele queria conhecer o Brasil. Se tivesse vindo no ano passado, porém, a história teria sido um pouco diferente. Apenas em dezembro a comunidade do Pavãozinho passou a ser supervisionada por uma Unidade Pacificadora de Polícia (UPP). Sem tráfico de drogas, a favela virou um dos lugares preferidos por turistas que visitam Copacabana.

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