quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

No rastro do boca a boca

Ferramentas permitem identificar em tempo real o que as pessoas falam de empresas e produtos nas redes sociais.
Por Marcos Todeschini
Um grupo de músicos americanos foi fazer um show no interior dos Estados Unidos. Ao desembarcar no aeroporto, os rapazes viram que um dos violões estava quebrado. Depois de um ano pedindo o reembolso, receberam a resposta da companhia aérea: “Não vamos ressarcir”. No lugar de entrar na Justiça, a banda compôs uma música e gravou um vídeo irônico, ilustrando a situação. A repercussão foi fulminante. As pessoas começaram a relatar outros problemas vivenciados ao usar os serviços da United Airlines, a companhia aérea em questão.
Essa situação ilustra um dos maiores desafios vividos pelas empresas hoje: saber o que estão falando sobre elas na internet. A Direct Labs, empresa paulistana especializada em redes sociais, resolveu aproveitar a onda. Lançou uma ferramenta chamada Scup. Trata-se de um sistema que funciona de maneira parecida com um mecanismo de busca. Ao inserir uma palavra, ele vasculha blogs e redes de relacionamento e traz, em tempo real, os comentários feitos pelos internautas. A primeira vantagem do mecanismo é o rastreamento minuto a minuto, agrupando num só arquivo os comentários feitos em diversos sites. Além disso, permite classificar como positivos ou negativos os comentários postados e criar um banco de dados com o histórico sobre o que foi falado. O novo sistema promete ainda medir o impacto das ações de marketing e da propaganda da empresa usuária, das concorrentes e fazer comparações. O serviço é utilizado por empresas como Google e Vivo e custa entre R$ 500 e R$ 2 mil. “A relação das empresas com as redes sociais é feita ainda de maneira muito amadora”, afirma Marcelo Pugliesi, diretor de unidades de negócios do grupo Direct.

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